É o peso de uma bigorna.
Querido, eu sei, todos sabem.
Eu vejo, todos veem.
Nem mesmo eu posso suportar esse tamanho peso de ser uma ridícula idiota.
Livre-se de mim.
Livre-se de mim enquanto é tempo.
Porque você não se cansa de mim?
Eu sou como um câncer.
Então, porque diabos, você não quer me ver longe?
Será que doenças são atrativas?
Eu sou como um mar negro de óleo odioso que você, nem mesmo a sua doçura pode curar.
Eu achei que você fosse doce desse tanto.
Mas na verdade você é apenas doce.
Não há espaço nem para mim dentro desse mar.
Não há espaço para nada.
Nada pode me curar.
Nem mesmo você.
Eu estava tentando acreditar.
Mas ambos sabemos.
Não há nada aqui.
Há um oco poroso.
Que absorve cada pedaço de vida.
Não há nada nesse lixo que sirva para você.
Nós sabemos que diamantes negros são bonitos e satânicos.
Eles se destroem por dentro.
Não há como tocá-los.
Fuja antes que essa massa de podridão o atinja.
Nós sabemos que somente eu nasci para suportá-la.
Eu nasci para viver com ela.
Dentro dessa carne, sob esses ossos, alimentando meus vermes.
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