Legends

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terça-feira, 31 de maio de 2022

Lovely bruise

Today I made you sad.

It's not just like we know each other anymore.

Even if I could drink in all other mouths, I cant even know how it feels to love you

I don't think we match anymore

and I dont think, at the same time, someone could match my body like you

Even if I love the play, someday, somewhere, I would be alone without you

You know. But you also know that the life is just one shot.

I want to woke up in another place without you, and I dont.

I want to see your smile with another person. I want to see you happy suddenlly. I want to be miserable for a little years and then know what I lost.


Today you made me sad. And it's more often than you think.

I just hate to love you sometimes. Because your smile is cold like ice sometimes.

And then I keep going on and just faking a smile. For you to go ok every day.

Even when you stab me again and again, even when you know that I'm much of a zombie.

Even if I love the play, someday, somewhere, I would be alone without you

You know. But you also know that the life is just one shot.

I want to woke up in another place without you, and I dont.

I want to see your smile with another person. I want to see you happy suddenlly. I want to be miserable for a little years and then know what I lost.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Natal

 Você se foi, pai. Ver coisas natalinas me dá desprezo, um erro, um tempo, perdido.

É, você se foi né. Eu estou acreditando e crepitando aqui no peito a vontade de destruir tudo, só agora.

Sei que prometi ser você. Pensar você, saber o que ia querer. Me ver triste, jamais seria! Mas aqui só jaz ela fria. Que já foi amor vermelho em dezembro.

Sei que não ia querer me ver. Assim. Mas por enquanto é só isso, essa presença inquietante e ao mesmo tempo fria. O gelo que crema, o gelo que tosta. É só isso que eu tenho pra oferecer.

No fim do dia, no fim dos dias, no fim desse ou do outro período, quem sabe uma luz? Depois de tanta cruz. As cruzes que estampam os lares em dezembro.

Quem sabe eu consigo. Quem sabe eu desligo. A luz.


segunda-feira, 15 de junho de 2020

Taking

I love how ya all use the names I
I, the witch
I, the bitch
gave to you.
I love how I let a mark all over your bodys
even if ya all are pretending not to know me
I love how I teached all of you how it works
even if ya all don't even know how i did it.

I love how I played with ya all
and ya all liked
and loved it
and breathed
ME

Without don't even knowing how and why I did it.

I love how ya all use the names I
I, the witch
I, the bitch
gave to you.
I love how I let a mark all over your bodys
even if ya all are pretending not to know me
I love how I teached all of you how it works
even if ya all don't even know how i did it.

I love how I played with ya all
and ya all liked
and loved it
and breathed
ME

Without don't even knowing how and why I did it.


terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Vazio muito clichê

Sempre me anulando, navegando, navegando
num barco sem ninguém, uma nuvem de fumaça cobre toda a penumbra das águas
o barulho de água acalma, no silêncio da alma oca
hoje eu acordei vazia, mas não vazia como das outras vezes
era vazia mesmo, nem ir onde tem todos os esnobes me fez preencher de lixo outra vez
nem ir onde tem todos os esnobes me fez preencher de lixo outra vez

Sempre me anulando, navegando, navegando
mas dessa vez é um "vazia" diferente
é um vazio completo, não nego, me anulei até o fim, cheguei no âmago
aqui nesse lugar de águas calmas não é bom
aqui o silêncio é ensurdecedor
coloco as mãos nos ouvidos, fecho bem os olhos, aperto
é muito vazio, vazio
num barco sem ninguém, uma nuvem de fumaça cobre toda a penumbra das águas
o barulho de água acalma, no silêncio da alma oca
o silêncio é ensurdecedor

acordei cedo demais, já era tarde para dormir outra vez
a anulação me deixou vazia, vazia
o trabalho consumiu tudo que restava
era vazia mesmo, nem ir onde tem todos os esnobes me fez preencher de lixo outra vez
nem ir onde tem todos os esnobes me fez preencher de lixo outra vez


Ficou marcado o dia, o dia
em que me anulei, vazia, vazia
aos poucos desaparecendo, vazia vazia
o corpo dela, jazia, jazia
na água calma e fria, tão fria.
a alma corria, corria, solta, livre e leve, mas vazia, vazia
nem à morte ela sorria, sorria
a alma era demasiado vazia, vazia

sábado, 24 de novembro de 2018

A metade se foi
E agora como fica o nada?
Não há simplesmente nada nesse corpo.

Nunca imaginou que depois da morte dela,
ela teria a morte dele lenta e cruel.
Seus cabelos raspados, pontos enormes.
Dói tanto nesse corpo aqui fora.
Porque tanta raiva, amor?
Porque tanto ódio?
O único pecado que existe é roubar.

Simplesmente tudo foi roubado dela!
Só restou o dinheiro.
A maquiagem borrada,
as roupas espalhadas,
os amigos, nada!
E não sobrou nenhum!
Como diria a Ágata Christie.
Todos os negrinhos foram embora. Morreram enforcados.

Nunca imaginou que depois da morte dela,
ela teria a morte dele lenta e cruel.
Porque a memória?
O único pecado que existe é roubar!
Mas porque a memória?
Porque tirar a sua consciência?
E não sobrou nenhum.

Ele vai indo embora no barco
lenats e suaves são as ondas da morte.
O único pecado que existe é roubar!
Porque tanto ódio amor?
Porque tanta raiva sobrou para ela?
Porque Deus cometeu com ela o pecado?

Talvez ela tenha roubado algo de Deus.

Simplesmente tudo foi roubado dela!
Simplesmente a inspiração entranhada na carne pulsante respira
Porque tanta tristeza?
Porque tanto ódio amor?
Porque na tristeza, solidão e falta de sua alma, que estava nele e agora foi roubada, é o único jeito onde a arte se deleita.

Ela não queria perder tanto.
Porque ela perdeu os seus dois bens mais preciosos?
Porque lhe foram roubados?
Porque tanta tristeza amor?
Porque tanta raiva, Deus?



quinta-feira, 2 de junho de 2016

As gotas escorrem,
esquece a toalha, ela não tá embaixo da casa.
Usa o vestido quando sair.
Se usa o sujo pra enxugar o que nunca pode ser limpo.

As gotas escorrem, são pingos por pingos.
Pingos dançam numa ampulheta.
Eles são a contagem do tempo.
O banho então é técnica de tortura.

As gotas escorrem, pingos por pingos, é terapia, tortura terapia.
Cada peso da água em cada vértebra do torso nu.
O tronco abaixa, as gotas espalmam a coluna.
pingos por pingos, vão pesando como um chicote.

As gotas escorrem, desenham as veias,
é hora da terapia da queda d´água no cotovelo.
Espalmam as veias, fazem sangue correr, o banho tortura, a tortura terapia banho.

As gotas escorrem, os cabelos molham
endurecem na vergonha de tê-los tão maltrapilhos.
A água corre, enxarca o machucado.

As gotas escorrem, chegou a hora.
Elas rasgam a pele, fazem arder a ferida.
O que era pó tornou-se carne, e precisa tornar-se pó novamente.
Se usa o sujo pra enxugar o que nunca pode ser limpo.

O ardor se faz feliz, a dor é boa.
A dor é persistente, ela faz o cérebro desfocar.
Ela quer a água torrando seu machucado, ela quer que ele arda muito.
cada parcela das células que o formam. Essas que do pó tentam se erguer.
Ela não quer que se erga.
Ela quer que a dor continue.
Ah, dor.
A vazão da água, direto na dor.
A dor é boa, a dor pelo menos é vazia.

Ela está triste, as gotas escorrem.
A dor ficou por tanto tempo, que o tempo passou e a dor foi embora.
A dor é efêmera.
Ela a quis para curar-se da tristeza.
Mas o tempo passou e a dor foi embora.
A dor é efêmera.
Que tristeza.

As gotas escorrem, cada pingo é uma pancada.
A dor era boa, mas agora seus músculos suportam-na e já não é mais dor.
É conforto.

As gotas escorrem, o amargo gosto doce do ardor da ferida ainda está na boca.
É saboroso, é gostoso.
Os músculos relaxam.
As coxas trêmulas dela perdem as forças.

A dor foi tão boa.
A dor se foi.
O que era pó virou carne.
A água restaurou tudo. Não sobrou nada.